tanque rede

Construção de tanques em piscicultura



Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?


A criação de peixes em cativeiro começou com os Sumérios por volta de 3000 a.C. No antigo Egito por volta de 1700 a.C., além de alimentação, eram feitos estudos observando o comportamento dos peixes em tanques de argila cozida. Os sacerdotes egípcios podiam prever as cheias e secas do Rio Nilo, base de toda sua civilização, ao observar as mudanças de comportamento que os peixes apresentavam.
A arte de criar e multiplicar peixes é chamada Piscicultura, que é o ramo específico da aqüicultura voltada para criação de peixes em cativeiro. A piscicultura pode ser encontrada tanto na forma de cultivo de peixes marinhos quanto de peixes de água doce.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – ONU/FAO, enquanto a demanda mundial por pescado cresce em ritmo acelerado, as possibilidades de expansão da captura pesqueira estão caminhando para a extinção de algumas espécies.
Diante dessa realidade da escassez de pescados, surge então a criação de peixes em cativeiro (piscicultura), tanto peixes para alimentação quanto decorativos para aquários. A FAO estima que o único caminho para garantir a produção de pescados para alimentar a população mundial venha a ser atendida via piscicultura.
Considerando a estimativa feita pela FAO e também ao considerar a nova onda ambientalista, em especial no que tange a proteção dos rios, mares, lagos, lagoas, dentre outros, e por conseqüência na preservação dos peixes, incluindo todas as espécies, alguns cuidados especiais também têm que ser tomados para a atividade de piscicultura.
Uma empresa de criação de peixes deverá ser concebida com visão profissional, desde o seu projeto embrionário, o que irá requerer uma avaliação objetiva sobre a forma de atuação, bem como as expectativas comerciais que esse tipo de empreendimento requer.
Sendo assim será necessário que seja montado um plano de negócio. E para elaboração deste plano consulte o Balança Comercial de 2010
A balança comercial brasileira de pescado no ano de 2010 apresentou exportações de US$ 263 milhões e importações de US$ 1.011 milhões, ou seja, um déficit de US$ 748 milhões, representando uma elevação de US$ 273 milhões em relação ao déficit computado em 2009 (US$ 475 milhões).
Em recente relatório, a ONU divulgou estudos que demonstram que até 2050 precisaremos dobrar a atual produção mundial de peixes e frutos do mar, para dar conta da demanda humana por proteína saudável e de boa qualidade, e que a única fonte potencialmente capaz de atender a essa necessidade seria a aquicultura.
Diante desse cenário mundial, que tem muito espaço para crescimento tanto para o mercado nacional como para exportação, a criação de peixes, desde que feita da forma correta, respeitando a proteção ambiental e com as autorizações legais dos órgãos fiscalizadores, é uma boa oportunidade de negócio.

Exportações
As exportações em 2010 tiveram como principais produtos sete itens: lagostas, outros peixes congelados, peixes pargos, ração, peixes frescos, conservas de atum, extratos e sucos, todos apresentados na Tabela 19 , página 70, do Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura de 2010, do Ministério da Pesca, que totalizaram 66% do valor exportado e 48% do peso líquido. Destaca-se o item “lagostas congeladas – exceto inteiras” que corresponde a 31% do valor total das exportações e a 6% das quantidades vendidas. As exportações do produto, em termos de valor, aumentaram 63,5% enquanto a quantidade exportada aumentou cerca de 20,5% relacionada ao ano de 2009, o que evidencia a forte valorização no preço desse crustáceo, comercializado pelo preço médio de US$ 34,43.
Em segundo lugar destaca-se a categoria “Peixes Congelados”, que engloba diversas espécies de pescado, tendo como principal destino os Estados Unidos. Dois outros produtos merecem destaque na exportação de pescado: “ração de peixe" vendida para Hong Kong, grande produtor de pescado, e “extratos e sucos” enviados à Holanda.
Vale citar, ainda, grande aumento nas exportações dos peixes “pargos”. Os valores exportados saltaram de US$ 1,8 milhão em 2009 para US$ 15,7 milhões em 2010, o que equivale a um crescimento de mais de 720%. Em termos quantitativos, esse aumento foi de mais de 674% e o principal destino foi os Estados Unidos.
Principais destinos da exportação
No ano de 2010, os Estados Unidos foram o principal comprador dos produtos brasileiros de pescado, em volume e em valor, conforme se observa na Tabela 20 do Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura de 2010, do Ministério da Pesca. A Espanha que surge como o segundo maior comprador, invertendo a posição com a França, que passa a ocupar o terceiro lugar.
As exportações brasileiras de pescado, em termos de valor, apresentam sazonalidade, marcada pelo período de defeso da lagosta, que ocorre durante os meses de janeiro a maio, quando os resultados das vendas são baixos, ocorrendo uma recuperação a partir de junho – período de captura em vigor, uma vez que esse
crustáceo é o principal item da pauta de exportações.


Categorias e Preços médios das exportações
Quando se analisam individualmente as categorias de pescado, observa-se que em termos de peso líquido, os peixes congelados que respondem por 49% do total vendido apresentam o menor preço médio: US$ 3,41/Kg. Por sua vez, os peixes vivos, apesar de pequena participação no peso líquido, apresentam o melhor preço médio: US$ 78,65/Kg, porém ainda com pequena participação no volume exportado.
Comparando-se as vendas totais do ano de 2010 com as de 2009, houve um aumento de 6,6% em dólares e uma redução de 9,5% no peso líquido vendido, com incremento de 17,7% no preço médio.